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Mostrando postagens de 2008

Vamos falar de marca?

Falar de marca hoje tem um nome: branding. Embora mais um termo em inglês sem tradução e que condensam conceitos que certamente já conhecemos, esse deve-se guardar uma especial atenção. É um assunto relacionado a gestão, marketing e design e todas as empresas devem pensar e trabalhar nisso. Está acontecendo essa semana no MAM (no Rio) o Brazil Design Week, um evento excelente totalmente voltado para o mundo corporativo – os clientes dos escritórios de design, na verdade – realizado pela ABEDESIGN, uma associação brasileira de empresas de design. Só uma passadinha pelos stands já vale a visita. São 38 expositores – entre instituições como a própria ABEDESIG, FIRJAN, SEBRAE e vários escritórios de design – que mostram a excelência em que o design brasileiro se encontra. Devemos reconhecer que os estrangeiros reconheceram essa excelência antes de nós. Já está mais do que na hora dos empresários – infelizmente ainda não tão presentes no evento – olharem pra dentro do próprio país e localiz

O que diferencia as pessoas?

Porque as empresas precisam se preocupar com as pessoas? Porque as pessoas são muito diferentes. E mudam de um dia pro outro, de uma hora pra outra! Mas não é motivo para pânico. Essas mudanças são associadas a necessidades do momento e podem ser previstas. Partindo sempre do princípio de que você sabe claramente quem são essas pessoas, ou seja, seu público-alvo, é importante saber que elas seguem um roteiro mais ou menos comum: alguém indicou a sua empresa para prestação de um determinado serviço. Vão entrar no site da sua empresa para verificar informações como onde se localiza, a quanto tempo existe, quem são os sócios, know-how e clientes. Vai fazer isso com uma certa calma, pois interessa a ela ler , pesquisar ; uma vez tendo gostado disso tudo provavelmente voltará outro dia para pegar o telefone e quiçá o endereço. Fará isso correndo pois quer resolver rápido. Já tomou a decisão de procurar a empresa. Quer apenas resgatar uma informação que na visita anterior não foi registrada

Quanto a sua empresa pode investir num novo site?

Passei por duas situações distintas nesses últimos dias mas com o mesmo tema: preço. Quanto você está disposto a pagar para ter um site bem resolvido? Digo bem resolvido em vários sentidos: conteúdo bem escrito; conteúdo bem organizado; navegação consistente; apresentação “vendável” ( toda empresa quer vender alguma coisa: uma idéia, um produto, um conceito, um serviço... ); design em harmonia com a comunicação da empresa. Isso tudo, claro, tem um preço. Tem vários, na verdade... Não existe uma tabela e isso é um dos motivos de desconfiança das empresas, é bem verdade... Mas isso é uma outra discussão e meu ponto hoje é outro: o valor que se quer/pode pagar para o que se precisa. Situação nº 1 Fomos chamados para fazer o orçamento de reformulação de um site de uma empresa que já havia gasto uma quantia (pequena) para a segunda versão do seu site institucional. O cliente queria apenas autonomia com relação ao conteúdo. Contratou um programador. Teve o sistema de gerenciamento de conteúd

Avise seu público que seu site é útil!

Testes com a participação do usuário são sempre positivos e trazem resultados extraordinários para o processo de desenvolvimento de sistemas interativos. Estou trabalhando agora numa consultoria de um grande portal de um órgão estadual do Rio de Janeiro. Apliquei uma mesma metodologia em duas seções: uma para cada público. A metodologia utilizada foi baseada no Bridge (já comentado em artigo no Webinsider ) de uma forma simplificada. Estou inclusive desenhando essa nova dinâmica para que todos possam aproveitar desse processo extremamente produtivo. Aviso aqui quando publicar. O fato que quero comentar aqui é que a participação do usuário, seja com entrevistas, seja em testes mesmo, é sempre muito rica. Essa metodologia especialmente conta com a participação de um analista de sistemas (neste caso, do próprio cliente) e, distante de interfaces ou computadores, mostra procedimentos que estão na cabeça dos participantes e desejos que a tecnologia tenta atender. Descobrem-se coisas surpree

Navegação e experiência do usuário

Em 14 anos de desenvolvimento web até hoje não encontrei um método mais apropriado para conhecer, entender e resolver a navegação do usuário em um determinado sistema interativo do que o Bridge*. Ele tem dois problemas porém: - é voltado para o desenvolvimento de software; - é extremamente longo. O método me foi apresentado no mestrado (em 2002) pela minha orientadora e “mentora espiritual” Anamaria de Moraes. Na época ele foi adaptado para a minha pesquisa cujo tema era (e ainda é) Arquitetura da Informação. Mas mesmo com a adaptação – que obviamente não pode descaracterizar o mesmo – ainda foi muito extenso e cansativo. Tenho trabalhado extensamente nele desde então de forma a desenvolver um outro método baseado no seu escopo porém especifico para o entendimento da navegação do usuário, tentando criar uma ponte (bridging the gap, daí veio o nome) entre os requisitos do sistema e os resultados da abordagem bottom-up de um lado e a eficaz experiência do usuário do outro. Para se

Mudanças de planos

Começo a semana falando de alterações de percurso. Recentemente, numa consultoria de Arquitetura da Informação que prestei para uma grande empresa, esse foi um problema que desvirtuou todo um trabalho. Começamos com o levantamento onde todas as questões referentes ao planejamento estratégico e posicionamento do produto foram especificadas – e documentadas, para nossa garantia, claro. Depois que o primeiro método para avaliação do entendimento da organização de conteúdo por parte de usuários e profissionais da empresa foi aplicado, ou seja, depois que o trabalho já estava bem adiantado, houve uma mudança radical no posicionamento da empresa. Isso implica não apenas em retrabalho – questões entendidas e perfeitamente negociadas com o cliente – mas principalmente em “re-aculturação”. As pessoas envolvidas no processo produtivo da empresa ainda não estavam preparadas para uma mudança radical quando eu preparava um novo modelo de site e intranet para elas. Isso significou um grande esforço

Internet: use e abuse.

Eduardo Ribeiro fez um comentário a respeito do uso de ferramentas free na internet como orkut, youTube, blogs etc. e lembrou que poucas empresas fazem uso delas. A resposta para isso invariavelmente é “falta de tempo”... Será? Acho que as empresas de fato desconhecem o poder que essas ferramentas têm e o alcance que atingem. Muitas ainda acham que são ferramentas internet “coisa de adolescente”. Basta navegar um pouco em alguns sites de grandes empresas como Accenture, IBM e, claro, Google Inc., Microsoft e notar que fazem referências a blogs, seja de profissionais da equipe ou não. O mesmo acontece com vídeos no YouTube. Outra ferramenta que vem ganhando fama são os sites de conteúdo não controlado, como o Outro Lado (www.outrolado.com.br). Nelas qualquer um pode escrever o que quiser e ser lido, criticado, apoiado. Todas essas ferramentas são importantes para mostrar de forma livre o conhecimento e a criatividade, principais valores de uma empresa. Mais do que profissionais qualific

Um site corporativo é mais uma mídia para fazer negócios.

Um dos principais problemas de desenvolvimento de sistemas interativos é o entendimento da questão “foco no usuário”. Usuários são pessoas: clientes, consumidores, pacientes, leitores, convidados, termos que variam de acordo com o tipo de negócio em questão. Esse é o ponto. O foco deve ser no negócio e não mais no sistema (primeira fase da internet) ou no “usuário” de uma maneira genérica (segunda). Veja, a internet é o principal veículo de comunicação, já vimos isso. Também o mais barato e certamente o mais direto. Sendo o objetivo principal business , o que o site precisa é: vender um produto, vender um conceito, atender, fornecer conteúdo etc. Para isso é necessário saber o que os leitores do seu site querem fazer ali – que algumas vezes pode ser diferente do que ele faria indo pessoalmente a sua empresa ou fazendo contato por telefone. Em métodos aplicados no desenvolvimento de sistemas interativos para entendimento de pessoas extraídos da ergonomia, procuramos analisar a “tarefa d

Pare e pense: qual é o principal veículo de comunicação corporativa atual?

Internet, claro! Faça o teste: procure por uma empresa, por exemplo, de seguros. Se você inicia sua busca pelo Google, por exemplo, nem preciso comentar! A chegada ao site da tal seguradora será sua primeira relação. Mas e se alguém te indicar uma? O que você fará primeiro? Visitar o site para ver se é idônea, clientes que atende, onde fica, telefones etc. Certo? Isso acontece principalmente no meio corporativo. Há dez anos atrás, quando estava desenvolvendo o primeiro site de uma empresa de consultoria em São Paulo, os donos da empresa, que até então não estavam se preocupando muito com s presença na internet, levaram um susto ao descobrir que o primeiro contado dos seus prospects eram com o site e não com a área comercial, como eles pensavam! Na verdade eles descobriram que antes desse prospect aceitar a visita da tal área comercial, ele primeiro havia conferido a empresa pelo site! Isso há dez anos... Hoje todo mundo já sabe disso, mas infelizmente apenas em teoria. Saber que a inte

Mudança sem a cautela mencionada...

Hoje fui numa reunião com um cliente exatamente para avaliar o que falava ontem. Peguei uma pasta só com registros de reclamações de usuários que não estão conseguindo acessar a extranet de um site desenvolvido pela minha empresa. O que eu previa: a mudança da interface, mudança no posicionamento e layout da porta de entrada (área de login) dessa extranet, fez com que os usuários não percebessem que se tratava da mesma coisa. Agora o usuário tem um link a menos, se loga diretamente na home desse site em questão e já cai na página que contém o objetivo fim. Melhor? Sem dúvida. Mas isso não foi testado e agora um certa carga de reclamações. Detalhe importante: 90% dos clientes que entram no site querem exatamente entrar ali. O que fazer agora? Tenho duas soluções em mente: 1. Buscar alguma(s) referência(s) do layout antigo para disparar o Modelo Mental do usuário (o roteiro que ele tem na cabeça sobre essa tarefa); 2. Fazer um alerta na página dizendo que mudou e apontando a nova e

Cautela na mudança

Usuários aprendem. Por mais que a interface pareça esquisita para nós especialistas, aqueles usuários que necessitam interagir com um dado sistema, acabam aprendendo a usá-lo. Isso não significa uma permissão: liberado, podemos lançar mão de recursos avançados, navegação subjetiva e efeitos que maqueiem uma ação na interface. O que quero é chamar atenção para um fato que os designers fingem que não sabem e os clientes desconhecem... Mudanças na arquitetura e na interface de um site ou um sistema interativo qualquer, por mais que indubitavelmente sejam só melhorias, causam estranheza nos seus usuários. E isso pode desencadear uma chuva de reclamações e ocupar o call center da empresa. Para resolver isso é preciso avaliar – junto a eles, os usuários, claro – quais tarefas vale a pena manter com a mesma funcionalidade, localização ou design num primeiro momento e mudar lentamente – se for o caso. Uma mudança num site que apenas altere a posição de um acesso restrito, por exemplo, já pode

Inauguração

Finalmente um Blog. Imposível viver da internet (literalmente, no meu caso) e não ter um. Então... Cá estou eu! Batizei meu blog com o mesmo nome da minha coluna no WebInsider – Interface – exatamente para manter um link com este que é meu principal canal de comunicação onde publico parte de minhas pesquisas, andanças, experiências e casos. Aqui pretendo ser mais suscinta e ouvir. Na descrição do blog – Reflexões sobre a experiência do usuário (UX: user experience) – já dá pra se ter uma idéia do tema que vou abranger. Na verdade o objetivo é falar, obviamente, de internet. Mas sem mencionar a mídia tenho mais liberdade para falar da experiência do usuário em vários aspectos, lugares e mídias. Posso até bater um papo-cabeça sobre a atual experiência do usuário na terra... Enfim, acompanhem aqui as percepções e reflexões de uma designer-arquiteta da informação-pesquisadora-empresária-mãe que vive da internet ;)