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Mostrando postagens de 2009

Sem direitos autorais?

Está em discussão no momento a liberação de proteção intelectual a livros didáticos, descobri hoje... Da mesma forma que a discussão da lei de patentes sobre medicamentos, devemos ficar atentos a uma situação radical, mas possível, de o Brasil se tornar apenas mão de obra no futuro. Quem (pesquisadores, autores, cientistas) vai querer pesquisar e fazer descobertas importantes para a ciência e o conhecimento num país que não remunera e não atribui a seu inventor uma descoberta? O pior é que essa discussão tem base na nossa cultura do “tudo pode”, onde copiar livros inteiros dentro de universidades é normal, trocar e baixar músicas da internet gratuitamente é normal, baixar e copiar filmes é normal... Alôu!!! Tem gente aqui que investe em pesquisa - não só tempo mas dinheiro -, dedica uma vida, concentra todos seus esforços na especialização de um dado conhecimento. Remunerar essas pessoas não só é justo como necessário!!! Se não elas vão embora e viraremos apenas uma colônia!

Consultoria

É verdade que, como diz uma piada, o consultor é aquele que diz o que qualquer um poderia dizer e ainda recebe por isso. É meia verdade, na verdade... O consultor é aquele que vai mergulhar fundo nas questões de sua especialidade (gestão, produtividade, marketing, usabilidade, arquitetura da informação) para extrair informações valiosas, mas simples! Que de fato outras pessoas da equipe poderiam dizer se estivessem focadas nisso. Demanda conhecimento específico, experiência e dedicação. Minha formação é design e presto consultoria em user experience design e arquitetura da informação. Meus conhecimentos são teóricos em design e ergonomia e minha carga de conhecimento vem de 15 nos de envolvimento e pesquisa em internet. Outras pessoas da equipe do cliente poderiam ter esse background ? Talvez. Mas o que entra em jogo agora - e que faz toooda diferença - é: foco: se sou contratada para uma consultoria para um site, vou mergulhar fundo nos pontos que preciso pesquisar, na descoberta de

Montando aulas

Dar aulas era meu objetivo durante o período do mestrado. Sonhava em fazer parte do corpo docente de uma universidade e ser professora de graduação. Tive essa experiência ao mesmo tempo que fui sendo convidada para aulas de pós-graduação. Hoje afirmo: fico com a segunda. Não sei se pelo sistema brasileiro de ensino, a graduação é hoje simplesmente - para a maioria dos alunos e nas universidades em que trabalhei (particulares apenas) - uma maneira de se conquistar um diploma para entrar no mercado de trabalho. Isso ocorre por dois motivos, a meu ver: o Brasil não oferece nenhuma oportunidade para pessoas de nível técnico; talvez por conta do primeiro motivo, o título de graduação é obrigatório! Isso na verdade está levando a um outro desvio: não basta a graduação. Para se diferenciar no mercado tem que ter um Mestrado (!). Ou seja, não aprender muito na graduação é um “fato” e para ter um bom currículo é melhor que se faça logo uma pós, de preferência stricto sensu. Visão fatalista de u

Mudar ou não mudar a marca?

Já falei aqui de marca antes ( Vamos falar de marca? ). Gosto do assunto. E tem sido preocupação recorrente de clientes nossos. Mas um ponto me incomoda um pouco: é mesmo necessário mudar? Alina Wheeler (2006, Desiging Brand Identity) cita 6 justificativas de mudança que acho fundamental aplicar como cartilha para uma real avaliação da necessidade de mudança. Mudar por mudar - porque um dos sócios não gosta ou porque as cores não agradam, enfim, por justificativas pessoais definitivamente não estão nessa lista. As possibilidades são: Uma nova empresa, um novo produto Mudança de nome (que obviamente também não deve ser uma ação gratuita) Revitalização da marca Revitalização da identidade corporativa Criação de um sistema integrado de identidade visual Fusão da empresa As empresas possuem uma história e mudar a marca vai repercutir de alguma forma interna e externamente. Funcionários e colaboradores precisam estar engajados no processo - seja por participarem efetivamente das mudanças e

Focar ou não focar?

Lendo a biografia do Steve Jobs (A cabeça de Steve Jobs, Kahney, Leander / AGIR) descobri que ele é contra a Focus Group . Afirma, com razão, que as pessoas não podem saber o que querem se estivermos tratando de algo inovador. Certamente se fossemos perguntar as pessoas “o que elas achariam” de um walkman ou um iPod os resultados não seriam positivos. Mas a tal simplicidade que Jobs busca incessantemente em seus produtos não seria premissa se não vivêssemos num mundo cercado de artefatos tecnológicos complicados de entender, com milhões de funções que para a grande parte das pessoas não servem pra nada. De onde ele tirou esse foco ? Não ouso supor que Jobs (nem mesmo o autor do livro, Leander) não sabem as regras do método. Acredito que se busque ali mais a retórica, o exagero para se exacerbar a personalidade do biografado. Focus Group (ou Grupo de Foco) é uma metodologia para se obter resultados qualitativos a respeito de dada informação. Ao invés de prover respostas quantitativas p