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Mostrando postagens de maio, 2008

Internet: use e abuse.

Eduardo Ribeiro fez um comentário a respeito do uso de ferramentas free na internet como orkut, youTube, blogs etc. e lembrou que poucas empresas fazem uso delas. A resposta para isso invariavelmente é “falta de tempo”... Será? Acho que as empresas de fato desconhecem o poder que essas ferramentas têm e o alcance que atingem. Muitas ainda acham que são ferramentas internet “coisa de adolescente”. Basta navegar um pouco em alguns sites de grandes empresas como Accenture, IBM e, claro, Google Inc., Microsoft e notar que fazem referências a blogs, seja de profissionais da equipe ou não. O mesmo acontece com vídeos no YouTube. Outra ferramenta que vem ganhando fama são os sites de conteúdo não controlado, como o Outro Lado (www.outrolado.com.br). Nelas qualquer um pode escrever o que quiser e ser lido, criticado, apoiado. Todas essas ferramentas são importantes para mostrar de forma livre o conhecimento e a criatividade, principais valores de uma empresa. Mais do que profissionais qualific

Um site corporativo é mais uma mídia para fazer negócios.

Um dos principais problemas de desenvolvimento de sistemas interativos é o entendimento da questão “foco no usuário”. Usuários são pessoas: clientes, consumidores, pacientes, leitores, convidados, termos que variam de acordo com o tipo de negócio em questão. Esse é o ponto. O foco deve ser no negócio e não mais no sistema (primeira fase da internet) ou no “usuário” de uma maneira genérica (segunda). Veja, a internet é o principal veículo de comunicação, já vimos isso. Também o mais barato e certamente o mais direto. Sendo o objetivo principal business , o que o site precisa é: vender um produto, vender um conceito, atender, fornecer conteúdo etc. Para isso é necessário saber o que os leitores do seu site querem fazer ali – que algumas vezes pode ser diferente do que ele faria indo pessoalmente a sua empresa ou fazendo contato por telefone. Em métodos aplicados no desenvolvimento de sistemas interativos para entendimento de pessoas extraídos da ergonomia, procuramos analisar a “tarefa d

Pare e pense: qual é o principal veículo de comunicação corporativa atual?

Internet, claro! Faça o teste: procure por uma empresa, por exemplo, de seguros. Se você inicia sua busca pelo Google, por exemplo, nem preciso comentar! A chegada ao site da tal seguradora será sua primeira relação. Mas e se alguém te indicar uma? O que você fará primeiro? Visitar o site para ver se é idônea, clientes que atende, onde fica, telefones etc. Certo? Isso acontece principalmente no meio corporativo. Há dez anos atrás, quando estava desenvolvendo o primeiro site de uma empresa de consultoria em São Paulo, os donos da empresa, que até então não estavam se preocupando muito com s presença na internet, levaram um susto ao descobrir que o primeiro contado dos seus prospects eram com o site e não com a área comercial, como eles pensavam! Na verdade eles descobriram que antes desse prospect aceitar a visita da tal área comercial, ele primeiro havia conferido a empresa pelo site! Isso há dez anos... Hoje todo mundo já sabe disso, mas infelizmente apenas em teoria. Saber que a inte

Mudança sem a cautela mencionada...

Hoje fui numa reunião com um cliente exatamente para avaliar o que falava ontem. Peguei uma pasta só com registros de reclamações de usuários que não estão conseguindo acessar a extranet de um site desenvolvido pela minha empresa. O que eu previa: a mudança da interface, mudança no posicionamento e layout da porta de entrada (área de login) dessa extranet, fez com que os usuários não percebessem que se tratava da mesma coisa. Agora o usuário tem um link a menos, se loga diretamente na home desse site em questão e já cai na página que contém o objetivo fim. Melhor? Sem dúvida. Mas isso não foi testado e agora um certa carga de reclamações. Detalhe importante: 90% dos clientes que entram no site querem exatamente entrar ali. O que fazer agora? Tenho duas soluções em mente: 1. Buscar alguma(s) referência(s) do layout antigo para disparar o Modelo Mental do usuário (o roteiro que ele tem na cabeça sobre essa tarefa); 2. Fazer um alerta na página dizendo que mudou e apontando a nova e

Cautela na mudança

Usuários aprendem. Por mais que a interface pareça esquisita para nós especialistas, aqueles usuários que necessitam interagir com um dado sistema, acabam aprendendo a usá-lo. Isso não significa uma permissão: liberado, podemos lançar mão de recursos avançados, navegação subjetiva e efeitos que maqueiem uma ação na interface. O que quero é chamar atenção para um fato que os designers fingem que não sabem e os clientes desconhecem... Mudanças na arquitetura e na interface de um site ou um sistema interativo qualquer, por mais que indubitavelmente sejam só melhorias, causam estranheza nos seus usuários. E isso pode desencadear uma chuva de reclamações e ocupar o call center da empresa. Para resolver isso é preciso avaliar – junto a eles, os usuários, claro – quais tarefas vale a pena manter com a mesma funcionalidade, localização ou design num primeiro momento e mudar lentamente – se for o caso. Uma mudança num site que apenas altere a posição de um acesso restrito, por exemplo, já pode

Inauguração

Finalmente um Blog. Imposível viver da internet (literalmente, no meu caso) e não ter um. Então... Cá estou eu! Batizei meu blog com o mesmo nome da minha coluna no WebInsider – Interface – exatamente para manter um link com este que é meu principal canal de comunicação onde publico parte de minhas pesquisas, andanças, experiências e casos. Aqui pretendo ser mais suscinta e ouvir. Na descrição do blog – Reflexões sobre a experiência do usuário (UX: user experience) – já dá pra se ter uma idéia do tema que vou abranger. Na verdade o objetivo é falar, obviamente, de internet. Mas sem mencionar a mídia tenho mais liberdade para falar da experiência do usuário em vários aspectos, lugares e mídias. Posso até bater um papo-cabeça sobre a atual experiência do usuário na terra... Enfim, acompanhem aqui as percepções e reflexões de uma designer-arquiteta da informação-pesquisadora-empresária-mãe que vive da internet ;)