Muitas empresas estão correndo atrás...
Buscando
alcançar o acelerado ritmo de mudanças e novidades tecnológicas, os
departamentos de inovação seguem tendo muito trabalho. Muitas reuniões,
pesquisas com concorrentes, informações sobre percentuais de venda, pesquisas
de tendências, de produtos e, às vezes, pesquisas com consumidores, usuários,
pessoas.
Sabe-se que
hoje, globalmente falando, apenas 4% dos gastos em iniciativas inovadoras
resultam em casos de sucesso. Os outros 96% são dinheiro jogado fora... Investimento,
vamos chamar assim. E da fato o é porque as pesquisas geram conhecimento que
geram novas iniciativas e algumas certamente darão certo.
Interessante
talvez fosse ressaltar os percentuais relativos a inovação incremental e
desruptiva ou radical – imagino que essa desproporção se dê no campo da última.
E a bem da verdade é que para muitas empresas – e no atual contexto de consumo
mundial – a inovação incremental já garante estabilidade em fatias de mercado
ou o aumento de participação em outras.
E como já
critiquei em outro artigo aqui (Inovação Radical)
é difícil determinar uma linha que separe os dois tipos de inovação.
O fato é
que essa diferença é tão grande porque poucas empresas possuem times voltados
para entender a experiência do usuário e com isso estão sempre e apenas...
correndo atrás.
Steeve Jobs
certamente não teria inventado o iPod (nem a iTunes...) se tivesse perguntado à
pessoas se elas queriam ouvir música de outra maneira portátil diferente dos
seus Walkmans. Mas certamente também não teria sucesso se não entendesse bem as
pessoas e seus hábitos de uso (associado às possibilidades tecnológicas) para
desenvolver um produto tão eficiente e efetivo, ainda que não tão completo
(afinal, não tem rádio... mas vamos combinar, não faz falta alguma).
Para finalizar,
entender as pessoas, seus hábitos, contextos, necessidades, desejos é essencial
não apenas para inovar criando novos produtos, mas principalmente para resolver
problemas sociais diários e serviços ineficazes antes que as pessoas se dêem
conta de que “sempre” precisaram daquilo. Antes que outra empresa quebre um
paradigma e a alternativa seja... correr atrás.
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